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Como fazer provas (graduação, pós-graduação, concurso, teste...)

PROVAS ESCRITAS​

  • Preste atenção ao ENUNCIADO. Responda exatamente conforme a pergunta.

  • Nunca faça rascunho de tudo para depois "passar a limpo". Rascunho, só do esquema de organização da reposta.

  • INTRODUZA o texto. Fale de como será organizado seu texto. "Neste texto trabalharei isso, isso, e isso"

  • Ao DESENVOLVER o argumento, use os autores indicados, e, se puder, autores que já leu que tratem do assuno. ("Segundo tal autor, isso, isso, e isso...")

  • NUNCA responda sem REFERÊNCIA em algum autor (como se o conhecimento saísse de sua alma espontaneamente). NUNCA coloque a resposta como a VERDADE (que nunca será revelada por nenhum autor, muito menos por você)

  • Se tiver autores DIVERGENTES, mencionar no que diferem. ("Tal autor diz isso, isso e isso... mas, tal autor diz isso...")

  • SE POSICIONAR quanto às perspectivas diferentes, ARGUMENTANDO sobre. ("Tal autor diz isso, isso e isso... mas, tal autor diz isso... Concordo com tal autor, pois...")

  • Escreva o máximo que puder. (Alguma coisa deverá estar correta!)

  • FINALIZAR o texto. Mostrar a resposta de forma sucinta. ("Através destes autores, entendo que...")

  • Evidentemente, escreva segundo a norma culta da língua, sem gíria ou expressões coloquiais. Caso ache necessário inserir uma palavra nestes termos, colocar em aspas. 

PROVAS DIDÁTICAS (seminários, qualificação, defesa, testes, concursos...)

  • Preste atenção no ENUNCIADO (no que foi solicitado, o tema, o ponto). Não se distancie do que foi solicitado. Faça um RECORTE que comporte sua resposta.

  • Utilize recursos como PowerPoint ou Prezzi. (Veja se dá mesmo para passar o Prezzi, porque este programa é bem pesado para certos notes). Serve de ROTEIRO para quem está apresentando e para quem está assistindo.

  • A letra do PowerPoint não é só para o apresentador ter um esquema e não se perder. Por isso mesmo deve ter tamanho adequado para que o público consiga ler.

  • Não coloque tudo no PowerPoint ou Prezzi. Não adianta fazer 40 lâminas se não se tem o tempo disponível para apresentá-los. 

  • Considere o tempo exigido de apresentação. Principalmente nos concursos, não pode ser menos nem mais do que colocado no edital.

  • Acabou a sua apresentação ou aula e ainda faltam alguns minutos... Tenha um "coringa" na manga. Uma imagem para ser analisada, um texto extra sobre o assunto, uma indicação de filme...

  • Em apresentações como seminários, em sala de aula, pode fazer perguntas para o público, para que haja participação. Mas em um TESTE SELETIVO ou CONCURSO,  de jeito nenhum. Em banca de qualificação ou defesa, nem pensar.

  • Em testes seletivos e concursos, apresente, impreterivelmente um PLANO DE AULA.

  • Da mesma forma que na prova escrita, INTRODUZA a apresentação. Fale de como sua apresentação será organizada em etapas.

  • Da mesma forma que na prova escrita, utilize REFERÊNCIAS, bem como a DIVERGÊNCIA ENTRE AUTORES e SE POSICIONE DIANTE DESTA DIVERGÊNCIA. Em suma: não apresente informações sem argumentos devidamente fundamentados em autores, ou seja, não apresente como se sua fala fosse a verdade.

  • Se o tema permite, além do PowerPoint ou Prezzi, utilize MAPAS. 

  • Mesmo usando o PowerPoint ou o Prezzi, utilize o QUADRO, escrevendo com letra didática. Se não tiver letra didática, utilize letra de forma. 

  • Fale olhando para o público ou banca. Todo o público ou banca. Não só para aquele que está concordando com o que você está falando.

  • Responda as perguntas do público, da banca, com educação, sem escárnio ou arrogância. Em bancas de qualificação ou defesa, o público cala a boca, só escuta!

BANCAS DE QUALIFICAÇÃO

  • De novo: coloque em sua apresentação o que tratou e tratará no seu trabalho de forma esquemática. Não é apresentação de comunicação, palestra, conferência... Na qualificação é a intenção de pesquisa e aquilo que já foi feito. Na defesa é um esquema da tese, daí mais completo, porque se pressupõe que na qualificação a banca já leu e não há público. Na defesa, tem público.

  • NÃO ESCOLHA A BANCA SOZINHO. Converse com seu orientador. Ele sabe sobre qual tema determinado professor trabalha, se determinado professor integra um programa de pós-graduação, se determinado professor costuma desrespeitar o trabalho dos outros, etc, etc. (Claro que você é orientando e não escravo. Por isso, diga quando não quer determinado professor. Vai que seu orientador escolhe o Leandro Narloch para sua banca né...)

  • Também tem orientador que já pensa na banca visando o doutorado ou pós-doutorado do orientando. (Se for o caso, agradeça aos Céus e pare de reclamar que a banca será exigente)

  • Não tenha receio da banca. As vezes grandes nomes não tem nada a dizer.  As vezes, um professor não muito conhecido ou famoso, te ajuda mais que qualquer outro. Não encare as críticas como ofensas. Uma banca exigente te faz crescer mais.

  • Agradeça a banca por ter aceito o convite

  • Agradeça a banca por suas considerações, mesmo que internamente você esteja xingando.

  • ANOTE tudo o que a banca falar.

  • NÃO DISCUTA com a banca. Não desminta a banca. Não defenda seu argumento. Não é o momento para causar divergência com a banca. (Ou seja: não dê tiro no próprio pé)

  • Não coloque a culpa no orientador!!! Lembre-se que o orientador também faz parte da banca. Geralmente quando há reprovação, é o orientador que solicita a mesma dos outros membros da banca. (Ou seja: não dê tiro no próprio pé)

  • Seu orientador teve a gentileza de escrever algumas partes de seu trabalho, então não diga isso para a banca. Se a parte que ele escreveu é que está sendo criticada, paciência, ele só quis te ajudar. (Não seja mal-agradecido)

  • Se for gravar, peça autorização da banca.

  • O orientando só interage com a banca se não entendeu o que a banca disse. Mesmo assim, em último caso. (Certamente o orientador explicará depois, se ele entendeu, claro...)

  • Não tem que acatar tudo o que a banca disser. Converse com seu orientador o que vai ser levado em consideração. (Tem banca que quer se mostrar para os pares e não diz nada com nada)

  • Em hipótese alguma procure a banca depois da qualificação para trocar figurinhas. A menos que você combine antes sobre indicação de livros, algumas questões. NUNCA mande texto para banca antes da qualificação ou da defesa. Isso se chama ASSÉDIO. Pode ser que o cara da banca seja super acessível, mas lembre-se que ele tem ao menos uns 8 orientandos. Ele não orienta você. Converse sim com seu orientador. É seu orientador junto com você que vai ver se existe condições de acatar o que a banca disse. (Não seja este pentelho que fica assediando banca!!! Ninguém gosta!!!)

  • Lembre-se que a dissertação ou tese é um trabalho em conjunto com o orientador. (Ele pode até ser um orientador ausente, mas alguma coisa ele direcionou ou indicou)

  • Não "compre briga que não é sua".  (Alguns nobres professores da banca no afã de se mostrarem competentes começam a brigar... Fica na sua. A gente nunca sabe o que rola entre eles. Fogueira das vaidades)

BANCAS DE DEFESA

  • Repetindo: NUNCA, em hipótese alguma, mande qualquer texto para a banca ANTES da defesa. Pode perguntar, mas pouca coisa. NUNCA assedie a banca. Confie na orientação... (De quem, de quem? De seu orientador).

  • Tudo o que foi colocado acima. A única diferença é que, se você não acatou o que a banca indicou na qualificação, JUSTIFIQUE.

  • Não justifique dizendo que a banca solicitou muita reformulação, mesmo que tenha sido isso mesmo.

  • Principalmente no mestrado, diga que as considerações da banca (lindonas, maravilhosas e fantásticas) na qualificação te fizeram refletir muito e pensar em aprofundar o tema futuramente no doutorado (boa saída! assim você infla o ego da banca)

  • Diga que conversou com seu orientador, e acharam melhor considerar o que a banca disse, mas de outra forma, já que a disponibilidade de tempo era curta para fazer do jeito adequado. (A falta de tempo sempre é uma boa justificativa)

  • O nome é "defesa", mas não faça disso uma guerra a favor do que escreveu. Nos últimos anos, as defesas tem sido mais comemoração de um trabalho concluído do que propriamente uma relação entre acusadores e réu. Mas se a crítica for muito forte, tente argumentar (não brigar) a favor do seu trabalho de forma educada, não arrogante (Parece que a arrogância é prorrogativa da nobre banca. Sinto muito! C'est la vie! Um dia você será banca também. Só que você vai ser uma banca ética, educada, não arrogante, compreensiva, sem vaidades acadêmicas infundadas. Não reproduza a cultura universitária no que ela tem de mais perverso)

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